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Pequena História do Web Marketing
- 19 de maio de 2016
- Escrito por: eros
- Categoria: Negócios On-line Tecnologia Web Marketing
A publicidade é uma das fontes
de financiamento da Internet
Escrito por Alexandre Eros Silva
A internet não foi inventada tendo publicidade como um de seus objetivos. A internet foi inventada para enviar mensagens de texto, ou seja, e-mail (“electronic mail” ou correio eletrônico). A ideia sempre foi compartilhar informação, mas empreendedores logo perceberam seu potencial para negócios e a própria internet precisava de fundos para sua sustentabilidade.
A primeira e mais nobre função da Internet: E-Mail
O e-mail foi usado principalmente por universidades e pelo governo americano até 1979, quando a CompuServe, o primeiro grande serviço de internet comercial dos EUA, começou a oferecer e-mail e suporte técnico a usuários de PC como um serviço comercial. Apenas na década de 90 empresas começaram a usar a ferramenta para o marketing.
No início, as empresas se esmeravam em reunir o máximo possível de endereços de e-mail para enviar propaganda e promoções de toda ordem. A sociedade e os próprios homens de marketing digital perceberam que o fenômeno chamado spam poderia danificar a própria internet, uma mídia nova com imenso potencial. No início do século, todos os grandes serviços de e-mail do mundo, incluindo os departamentos de informática de qualquer empresa, iniciaram uma verdadeira guerra contra e-mails não solicitados, os spams.
Hoje em dia é bastante utilizada a prática de solicitar às pessoas a permissão antes de enviar algo por e-mail. O usuário de e-mail deve solicitar para ser incluído em listas de boletins/newsletters e deve ter o direito de ser excluído a qualquer instante. No marketing digital, sabe-se hoje que e-mails não solicitados funcionam ao contrário, ou seja, pessoas que recebem mensagem que não solicitaram ou não sabem a sua origem tendem a rejeitar fortemente a marca envolvida e até denunciar uma mensagem como spam.
O primeiro browser
Em 1990, Tim Berners-Lee inventou o primeiro “browser”, chamado WorldWideWeb (depois renomeado “Nexus”, para evitar confusão com a World Wide Web). A ideia não foi muito bem sucedida até 1993, quando o National Center for Supercomputing Applications da Universidade de Illinois lançou o Mosaic, um browser gráfico mais fácil de usar e instalar. Com essas invenções começou o crescimento vertiginoso da internet. O Netscape – típica companhia da região do Vale do Silício na Califórnia – fez historia vendendo seu browser até ser sobrepujado pelo Microsoft Explorer que simplesmente começou a distribuir seu browser gratuitamente como uma parte do sistema operacional da Windows.
Hoje em dia a internet pode ser acessada por Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla, Safari e alguns outros browsers, todos gratuitos.
E-Commerce – A venda direta para indivíduos via internet
Apesar de o e-commerce entre empresas (B2B, “business to business”) ter sido popular desde os anos 1970, a venda para o consumidor final (B2C) só se consolidou em 1991, quando a National Science Foundation (considerada a criadora da primeira “Internet”) removeu as restrições ao uso comercial da internet. O e-commerce cresceu rápido nos anos seguintes, e em 1995, a maior loja on-line do mundo, a Amazon, foi criada. Até então, poucos tinham previsto a grandeza do impacto que a internet teria sobre a venda de bens e serviços, incluindo a própria Microsoft.
Toda a pujante economia que surgiu do comércio on-line exigiu cada vez mais o aperfeiçoamento de ferramentas de publicidade já no meio nativo digital, impulsionando definitivamente o marketing para o novo ambiente já no início dessa década.
Sites de Busca
Publicidade em mecanismos de busca – SEM
O primeiro site de busca, chamado “Archie”, foi criado em 1990, mas apenas em 1994 algo parecido com o que temos hoje foi inventado. Uma empresa chamada WebCrawler lançou uma ferramenta que indexava não só títulos e headers de uma página, mas todo o seu conteúdo. Mais tarde no mesmo ano, uma ferramenta chamada “Lycos” foi lançada, que além das capacidades do WebCrawler, tentava listar os resultados por “relevância”.
O Google, fundado em 1996, lançou em 2003 seu serviço de publicidade AdWords, o primeiro sistema que podia ser usado para mostrar anúncios em resposta aos desejos do usuário. Todo o sucesso do Google está exatamente em mostrar resultados de buscas que de fato sejam relevantes para o usuário. Muito embora o Google tenha diversos outros produtos, Google Adwords (os anúncios que aparecem no Google e que são mostrados de acordo com o tema buscado pelo usuário) ainda é sua maior fonte de receitas.
Bing e Yahoo – entre outros – também oferecem resultados para buscas e vendem espaços publicitários. Eles são donos de uma fatia menor desse mercado que é dominado pela Google.
Publicidade no Facebook
Em seus dois primeiros anos, o Facebook não vendeu espaço para publicidade, até que fez um acordo com o J.P. Morgan Chase pelo qual anunciaria seu cartão de crédito, em 2006. No mesmo ano, fez também um acordo com a Microsoft, em que ela passou a anunciar com bâneres e links patrocinados.
Em 2008, lançou o Facebook Ads para negócios, e desde então tem aperfeiçoado suas ferramentas para segmentação de público. Hoje, em 2016, o Facebook é uma máquina de fazer dinheiro, pois sua publicidade conhece mais de perto o perfil (até o nível psicológico) de cada usuário de sua plataforma de rede social.
Outro fator importante é que o Facebook tornou mais fácil (menos difícil?) o processo de comprar publicidade. Com isso, empreendedores e empresas de diversos tamanhos e orçamentos anunciam nessa plataforma que tem um imenso poder de segmentação de públicos alvo.
Automação de marketing
Geralmente se considera que a “quase mágica” ferramenta que automatiza o marketing digital tenha nascido em 1992, com a fundação da Unica, mas como a internet ainda era muito jovem, e contava com a presença de poucas empresas, a atividade só atingiu algum sucesso em 1999, com a criação da Eloqua, que inspirou a criação de vários outros competidores. Com a disseminação da banda larga, no meio da década seguinte, serviços baseados na nuvem foram criados, como o Hubspot (2006). O Hubspot é considerada a empresa que profissionalizou as ferramentas de automação de marketing. Hoje em dia há diversas outras boas plataformas de automação de marketing no mercado.
Até os anos 2000, os serviços de automação eram focados principalmente no envio de e-mails, mas nos anos seguintes, à medida que o número de usuários de redes sociais se aproximava de um bilhão, essas empresas começaram a integrar software focado nelas também.
Marketing em celulares
A partir de 2007, com o lançamento do iPhone, muitos desenvolvedores passaram a poder criar aplicativos para celulares. O Google adquiriu a Android em agosto de 2005 e iniciou uma série de melhoras e aperfeiçoamentos para fazer frente às possibilidades que o iPhone oferecia. Em 2007 o Android foi acoplado aos produtos das grandes fabricantes de celulares do mundo como, por exemplo, a LG e a Samsung. Hoje, o sistema operacional Android é o mais utilizado em plataformas mobile em todo o mundo.
Com isso, o usuário ganhou muito mais controle sobre como consumiria seu conteúdo, e as empresas passaram a concentrar cada vez mais de seus investimentos em marketing em plataformas móveis, que ofereciam um potencial sem precedentes para customização de ofertas e segmentação de público alvo. Inicia-se uma guerra pelo direito de estar entre as aplicações instaladas em cada Smartphone.
Texto e internet!
Muitos dizem que o velho e bom e-mail e outras ferramentas baseadas no envio de textos (por exemplo, Whats App e Facebook Messenger) continuarão a ter papel preponderante no futuro próximo, inclusive na plataforma mobile. Veremos!
Vídeo Marketing
A sociedade global parece estar vivendo uma aceleração em todos os seus processos ao mesmo tempo. O tempo parece ser o bem mais valioso que um profissional pode ter. Talvez por isso, os vídeos on-line têm ganhado uma importância cada vez maior em marketing e educação. Por serem mais fáceis e rápidos de ser consumidos, os vídeos on-line tem um potencial enorme como ferramenta de web marketing.
Não só toda a indústria que já produzia vídeos para a mídia TV passou a produzir especialmente para canais de vídeo on-line, mas também com a disseminação de câmeras e celulares que filmam vídeos em boa qualidade, muitas pessoas e empresas também passaram a produzir vídeos em profusão.
O YouTube – fundado em 2005 e comprado pela empresa Google em 2006 – permite que pessoas e empresas criem seus próprios canais e publiquem vídeo gratuitamente, causando uma explosão de mídia nesse formato. O YouTube pode também ser considerado uma mídia social, já que permite que pessoas deixem comentários e pressionem botões tipo “curtir.”
A outra empresa concorrente do YouTube é a Vimeo que possui serviços gratuitos e serviços pagos, e tem a reputação de publicar somente vídeos de melhor qualidade. Mais recentemente, o Facebook, começou a estimular que seus usuários publiquem vídeos em suas linhas do tempo, em perfis pessoais ou em páginas de empresas.
Todas essas plataformas que publicam vídeo podem ser de extremo valor para o moderno web marketing e tendem a se desenvolver mais ainda conforme a infraestrutura da internet vai se preparando para lidar com esses arquivos (vídeos) que tem tamanhos muitas vezes maiores do que arquivos do tipo texto e imagem.